28/06/2015

Donos de Pixels

Escrever num mundo onde um sentimento não vale mais que 140 caracteres, onde você é uma aba no meio de infinitas outras abas. Tudo já foi exposto, tudo já foi dito, tudo já foi mostrado e explicado com qualidade HD, tudo já está na Wikipedia, tudo. 

Porra. Como é difícil escrever aqui - como é doloroso saber que realmente estamos sozinhos - uns com outros, em rede, mas terrivelmente sozinhos. 

Tem o cara que compra uma máquina de escrever; tem o cara que escreve de caneta no caderno - atos de desespero, nada mais que isso. Tentamos - eu confesso que também tento - voltar a um lugar, a um tempo onde nada era assim tão solúvel e rápido. Nada de fibra ótica, de megas de velocidade. Uma esfera de vida onde existia novidade, onde tudo era bruto, puro e causava espanto. 

Até falar sobre a rapidez e plasticidade da vida – como faço aqui, agora - já se tornou um clichê irreparável, chato e conservador. Nos restará alguma poesia senão a poesia de um museu de cera?

Vocês aqui deste grupo-escrevedor, donos destes bytes, caracteres, perfis, sites e pixels: Vocês são todos lunáticos!

e isso é lindo.

Um comentário:

  1. escrever é, de fato, muito lindo.
    coisa de maluco, mas maluco lindo!

    que a poesia prevaleça, e o amor também!

    dá uma lida aqui depois! ;)
    http://guiverme.blogspot.com.br/2015/08/voce-e-escritor.html

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